segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

SER


São só palavras, mas há muito de mim em cada uma delas.

As palavras me guiam, ou será, meus sentimentos me guiam e através das palavras eu me reafirmo....e vislumbro ainda mais os meus anseios, as minhas metas, os meus objetivos. Sim, acho que sim.

E como se eu me libertasse de algo que sempre esteve acorrentado a mim...Não, não saberia definir assim, com palavras, a forma, o conteúdo deste ( )...acorrentado em mim....Viu, ainda não sei nomeá-lo, mas certamente consigo sentir o grande alívio que senti quando isso aconteceu, e que ainda sinto.

Sempre é preciso olhar para o passado e se desfazer das amarras que a gente se coloca com o passar dos tempos.

O hoje é o melhor dia para se fazer isso;

O hoje, é o melhor dia para viajar;

O hoje, é o melhor dia para se redimir;

O hoje, e não o amanhã,

É o melhor dia para ser f.e.l.i.z !

domingo, 30 de novembro de 2008

COMO UM ANJO, VOCÊ APARECEU NA MINHA VIDA...

Como um anjo
você apareceu na minha vida
Como um anjo
repleto de ternura e de paixão oh oh...
Como um anjo
encanto e sedução doce aventura
Hum que loucura
você desabrochando no meu coração
Linda menina
com olhar inocente malícia, desejo e tentação
Que me cobre de amor e carícias vencendo a solidão
Só você pra me fazer feliz !!!
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terça-feira, 18 de novembro de 2008

ZÉ NINGUÉM= ZÉ FULANO






De certa forma, um grande, espaçoso silêncio tomou conta de mim por esses tempos.
Silêncio gostoso, me deixou um pouco introspectiva.
Estive trabalhando , com leitura e escrita, durante a minha ausência por aqui.
Mas estive sempre presente comigo mesma.
Peço a licença, e vou invadindo de novo esse espaço, aonde encontrei flores e elucidações para os meus dizeres.
Retorno ao jardim, um pouco seco, porém, mais vivo do que nunca!
O "Zé Fulano" o qual renomearei para Zé Ninguém, que foi o meu último post...será sempre um Zé Fulano cotidiano, insensato, fulgáz, comedor das horas, esparramado na sua excelência e claro, iludido diante do espelho da vida.
Reconheci no Zé Ninguém, uma apresentação de mim mesma.
Afinal, nós somos demasiado ridículos quando amamos, e que bom, porque amor não é amor, se ao menos no fundo ele não transparecer um pouquinho de estupidez.
Amar, nos faz sair de órbita. Não a todo momento, mas ao menos uns segundos, ficamos fora de nós mesmas.
O Zé Ninguém, e eu coloco-o com letras maiúsculas, porque ele representa muito de mim e acho que de você também...
Ele é alguém, e deve ser tratado como tal.
Sim, com letras maiúsculas e redondas, o Zé Ninguém é aquela parte que me habita sem eu querer, mas nasceu de mim, de uma forma ou de outra, porque um dia eu precisei dele.
Um dia, todos nós precisamos do Zé Ninguém e daí, ajoelhamos numa reza com tamanho fervor e clamamos por ele, na esperança de que essa seja a nossa SALVAÇÃO, o nosso único e real caminho para a LUZ.
Eu achei que fosse ser fácil, contar a verdadeira história do Zé Ninguém. Mas percebi, que falar do Zé Ninguém, é falar não só de mim, mas de todos os humanos que tem em si, um Zé Ninguém.
Ele é frágil, é insensato, fala pelos cotovelos, é iminente na sua frivolidade, e eminente como parte de mim e de você.
Na vida real, ele toma várias formas, conforme a situação em que a gente se encontra, ele e de um jeito ou de outro,
Ora ele se demonstra um verdadeiro tirano, general, autoritário, invejoso, lúbrico, insensível, mordaz...
Noutras ele é sofredor, catador de sobras, um rato, um fígado inválido no organismo, mas que ainda está ali, porque pode ser transplantado: ás vezes comporta-se como um acomodado-PARASITA da vida.
Perceber que o Zé Ninguém, toma várias formas, conforme as situações que se aparecem, no mínimo soa como algo revelador de mim.
Conscientizar-me de que o Zé Ninguém que me habita é real, e que tem forma e fala pelos cotovelos, me faz
querer ser ainda mais independente e responsável pelas minhas atitudes e minhas escolhas.
E eu me aproprio mais de mim, e aos poucos me coloco a frente do Zé Ninguém e sem medo,
tomo as rédeas da minha existência e do meu viver e não (so)-breviver.
Cada passo, cada verso, cada canção, luar, nuvem, vento, mato,sopro, vela, trigo,
foice, canela, mudo, tempo, vida, passarela...
V.I.V.A, consciente do Zé Niguém que habita em você, mas não se deixe dominar por ele,
SEGURE FIRME as rédeas da sua existência, da sua vida e a - precie cada gota de suor,
cada lágrima caída, cada sorriso esboçado no rosto, cada dia.
Um dia após o outro, buscando as respostas, modificando as perguntas...
Mas sem a pretensão de SER, e sim com a humildade de PODER ser.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

ZÉ FULANO







Todo dia, eu encontro um Zé fulano na padaria.
Sim, ele é um Zé fulano. É é um absurdo, mas parece que a gente combina nos horários.
A primeira vez que eu o vi, ele vestia camiseta preta de manga longa, sobreposta por camisa social de manga curta - salmão. Ok.
Usava calça larga, boca reta, azul marinho bem surrado e chinelas franciscanas no pé com meias brancas.
Eu olhei aquele cara de baixo pra cima, afinal ele estava na minha frente, na fila do pãozinho. Figura no mínimo questionável, pelo menos pra mim.
Mas o que mais me chamou atenção naquele figurino foi as medalhinhas no pescoço e umas pulseiras verde e rosa no punho esquerdo. Definitivamente aqueles acessórios destoavam um bocado do visual restante. Ele bem podia torcer pela Mangueira, mas aquilo alí o tempo todo não pegava bem.
Como eu deduzi que ele usava as pulseiras e os colarzinhos o tempo todo? Bem, as pulseiras estavam mais do que surradas e desgastadas...parecia aquelas fitinhas que a gente tráz de Salvador -BH, do Senhor do Bonfim - faz 3 pedidos e 3 nós na pulseira e se esquece delas. Reza a lenda que depois que a pulseira arrebentar, seus pedidos se realizam. E os colares? Bem. Imagina uma biju folheada de prata depois de uns 2 anos de uso direto. Mais do que descascada, só no metal. Imaginou? É isso.
Voltando....
Não fiquei muito a pensar. Porque vocês sabem. Em se tratanto de moda e acessórios, a mulher tem um jeitinho de observar que é só dela. Calada e discretíssima. Fotografa tudo numa passada de olhos. E claro, depois faz os comentários com as amigas.
No outro dia, estava eu lá, na calçada da mesma padaria, falando ao telefone com uma SUPER amiga e assim que desliguei fui entrando no estabelecimento. No momento em que localizava os bolsos laterais da minha BIGbag (acessório do momento - bolsas largas e grandes e cheias de bolsos) bem do jeito que a mulherada gosta - e voltava os olhos para o caminho até o balcão, o que me acontece?
Trombo com o Zé fulano d'outro dia. E agora era impossível eu passar desapercebida por ele. Afinal de contas, quase tive o meu braço esquerdo arrancado naquela hora. Eu que me distraí, mas ele também andava nas nuvens, pela cara de "loves in the air" que me olhou e soltou um sorriso cantoado na boca entremeado por um pedido de "desculpas".
Sabe aquela hora que seu paquera te liga, num momento que vc nem tá esperando? Costuma acontecer quando vc está no supermercado, fazendo compras, ou caminhando...Aquela cara que a gente faz de queixo caído e diz: Nossa, não esperava você me ligar! E por aí vai. Se vc está com as amigas, é aquele falatório. Mas se vc está sozinha, desliga o telefone, guarda na bolsa e sái empurrando o carrinho de supermercado, quase que flutuando e esbarra nas gôndulas provocando aquela bagunça das latas de leite condensado caindo uma a uma parando o mercado todo, sendo alvo de todos os olhares...
Bom, mas foi assim. O Zé Fulano estava com uma cara de quem tinha acabado de falar ao telefone...nem sei se tinha telefone. Pq não tinha nada nas mãos. SIm, eu reparei. A gente repara, sabe como é né? Como eu disse, a gente dá aquela passada de olho e fotografa. rs
Cheguei no balcão e pedi:
- Por favor! Cinco pães.
Olhei atrás de mim, o Zé. Nessa hora a intimidade flui.
E a atendente virando-se para ele disse:
- Pois não! E ele prontamente responde:
- É...acho que eu ainda não escolhi o que vou levar.
Enquanto isso...
Eu terminava de fazer os meus pedidos, entre pães de queijo, presunto defumado e mussarela fatiados e por fim, o Zé resolveu fazer o pedido:
- Moça, eu já escolhi. Quero 300 GR dessas Carolinas recheadas com chocolate, para viagem. E por favor, você poderia colocá-las em uma bandeja média e no centro, você coloca um Sonho de doce de leite.
O que vocês acham que aconteceu?
A fila toda parou , olhando fixamente para o Zé que de repente, neste instante eu soube que ele literalmente " falava" e além de tudo era exigente.
Mas essa do Sonho de doce de leite no centro da bandeja foi a máxima do dia.
Pra que ele queria o Sonho no centro da bandeja e as carolinas em volta?!? Muito estético, não acham? E estranho.
Continua...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!!



Ai!

Que angústia! Quanta coisa trago em meu coração nesse momento...os sentimentos apertam o peito contra meu corpo e a sensação que eu tenho é que ele quer sair.....

Muitas coisas acontecem de um dia para o outro, mas de repente, COISAS demais assombram meus pensamentos.

Sabe quando tudo parece tão bom, tão perfeito e CATAPUM!

Você leva uma paulada na cabeça, e além do galo te dão o PAU de presente....ahhhhh fala sério!!!


PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!!!

E eu recorro as palavras do meu Querido Amigo, Caio:



" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez' " (Caio Fernando Abreu)

PIMENTA




O que é na visão de um, não é na de outro. Já dizia o ditado:" Pimenta nos olhos dos outros é refresco."


É isso aí.


Nessas que me vou , nessas que me encaxotei bonito! Estou fazendo uma auto-avaliação do meu comportamento racional, homo sapiens, característica peculiar à esta espécie, sendo um primata bípede e colocando pragmaticamente em colunas, os meus comportamentos racionais éticos, morais e indefinidos.


Indefinidos, porque a gente faz cada idiotice. Por favor!! Esse "por favor" é pra mim. Sou eu me represando por mais uma idiotice que eu fiz. Nesse caso 2x idiotice.


Na verdade, a falta de algum tipo de atitude, também pode ser denominado nesse caso, como: idiotice, estupidez, falta de atenção, cabeça de vento, desmemoriado, ou pior: a ausência da atitude pode gerar outro adjetivo: a intolerância do outro.


CARACA! Tá ficando difícil. E deve piorar.


É, realmente as vezes eu sou meio desligada. Principalmente àquelas coisas que se referem ao meu tempo e ao meu modo de ver algumas situações.


De repente, eu esqueço que o outro tb tem suas preocupações e que de certa forma, se esse outro for "íntimo", ou mais, isso gera algo que eu chamo de: fúria.


O outro fica furioso com você, porque você pisou na bola de novo....de novo. Porque, sendo eu, assim desse jeito que é só meu, totalmente despretenciosa,sossegada, racional, desmemoriada, cabeça de vento....as coisas as vezes levam tempo até serem incorporadas por mim.


Ok! Acho que cheguei no ponto aonde eu queria chegar.


O Outro.


Como é estranho o ser humano, como é difícil relacionar-se com seres da mesma espécie. Pôxa! E como é!


De longe me parece tão efêmero...a vida é efêmera. Daí a minha idéia de que exatamente por isso é que deve-se aproveitá-la ao máximo. Entretanto, com algumas moderações....


Preocupar-se com o outro!


E voltando a minha frase introdutória deste post, lembrar sempre, que é preciso se colocar no lugar do outro e ponto!


O que para mim é refresco de maracujá, para o outro é nada agradável.


Sejamos mais prudentes, sejamos mais gentis e acolhedores para com o outro.


Porque hoje pra mim é refresco, mas amanhã, pode ser PIMENTA MALAGUETA!


E vamu que vamu!!


Boa semana!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

E o Mar me parece



As vezes um mar, é só um mar. Movimentado por várias correntes marinhas, as vezes um mar, é só um mar. Não é inspiração do poeta que da varanda, deitado na rede, com lápis e papel na mão, olha e busca na imensidão do mar, o caminho das palavras.

É verdade, as vezes o mar, é só um mar.

Morada de inúmeros seres vivos, guarda ainda a cama de quem há muito viveu por lá. É, porque nem tudo que se vê como Mar, foi sempre Mar. Pode ter sido uma floresta, um cerrado, um campo montanhoso talvez,e agora olhamos e lá está: é só Mar.

Curioso como as pessoas se refugiam nele e outras que procuram o caminho de volta. Há aqueles que sabiamente retiram do mar, o sustento de toda uma geração. E há aqueles que imprudentes, movidos por um sei lá o quê, por uma talvez, ambição...para fazer "valer" seu rico trabalho ao Mar, empobrecem o futuro da Nação.

As vezes um mar, é só um mar. Suave e sereno, bravio e arredio...convida e expulsa os banhistas num vai -e-vem frenético, cíclico, vital.

No ir e vir das ondas, traz do fundo do Mar, o invisível a quem caminha na areia. Da areia, leva pegadas, ao fundo do mar, pr´a aqueles que desconhecem nosso habitat.

As vezes o mar, é só um mar. De águas salinas , conectado a um oceano ou simpesmente um grande lago. Atrai casais, jovens, Senhores e criancinhas e junto com eles, os animais de estimação. Dirão, animais de estimação? Sim, eu vos direi...As crianças tem um cachorinho, um gatinho, um passarinho, um ramster e até peixinho, e quase sempre carregam seus bichinhos pra "brincarem" à beira mar.

Ainda acho que as vezes um mar, é só um mar e por isso, suas praias não deveriam ser divididas em lotes, pequenos quadrados - reservados - particulares. Mal sabem que pra uns o Mar é mais que um Mar, é mais que um simples conjunto de águas salinas, conectados a um oceano, ou até um lago: é a VIDA pra muitos. No entando, há de se convir que é discórdia e tristezas pra outros.

As vezes o mar é assim, inconstante, volúvel, inapropriado, temido, infinito...

Por ora, este Mar me parece, pueril, crescente, inigualável, inspirador, quente, e o que eu mais quero, é me banhar nos braços longos e macios de suas espumas.

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Não existe outra música nesse momento que fale a mim tão profundamente sobre o mar quanto esta canção.




segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Vida


E assim vamos ouvindo...
Descobrindo novos horizontes,
Encontrando novos caminhos, sonhando novos sonhos.
E a vida assim se faz,
Horizontes que surgem, caminhos que percorrem nossos pés.
Sonhos novos que flutuam em nossos pensamentos.
E tudo se faz novo.
Porque a cada passo, a cada encontro, diante de novos sonhos, somos outros e somos estranhos.
Como que em uma linha do tempo, a vida aparece como reticências...
Mas um dia finda.
Um dia, o sepulcro é inevitável.
Então, o que parece estar morto, fecunda agora o solo.
Momento esse, em que algo novo desabrocha...em outro alvorescer.
E o que me faz sentir, que o sepulcro nada mais é, que a fecundação de um novo ser.
E que todas as nossas buscas, findam ao ponto em que demos o primeiro passo!

domingo, 7 de setembro de 2008

Paisagem-Sonhar



Vai à tardinha. O pôr- do- sol, ainda doura uns picos montanhosos acima e a direita de meus olhos e no canto inferior , do outro lado, a noite avança mansamente. O sol se despede, banhando com uma intensa luz o meu rosto. Aquece de forma agradável o meu corpo. Sentada à beira do mar, com os pés na areia, saboreio este momento único. Nesta paisagem quase bucólica, eu sinto o vento soprar e as águas se desmancharem macias, quase sobre o peito dos meus pés. O sol se vai. E a penumbra da noite que ameaça ser fria, vai surgindo e cobrindo as minhas costas. A sombra que eu faço, aos poucos vai desaparecendo e a noite vai ganhando espaço.
O sol se foi. Deixando o corpo ainda quente, na certeza de que amanhã ele voltará. Único, astro regente, pai celeste reinará.
No escuro, a noite descortina-se. As estrelas surgem e bem longe, eu as vejo brilhar. Outra sombra eu vejo surgir. Mãe Lua que aqui estás e clareia meus intentos e promete ficar. Mãe Celeste, Dona do mar, cobre-me devagar. Realiza meu pedido, e eu já trago flores a Iemanjá.
A noite revela-se. O mar me envolve. Tiro a roupa e vou sonhar.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Lembrança




Naquele dia, tudo parecia tão diferente. Era a minha roupa, a janela, a paisagem...
Naquele dia, tudo me veio como um flash. Meu andar na multidão, meu sorriso a desejar, teus olhos a procurar, abrigo em algum colchão.
Nos encontramos. Meu sorriso cresceu, teus olhos alumiaram, minhas mãos pararam...sua mão cresceu. De um lado a grande vida, de outro uma estação. Eu quis voltar, já não podia, era tarde e eu já estava na contra-mão. Você olhou distraído, de um jeito louco, olhava olhava e lá no fim do meu horizonte, disse você: encontrei a direção!
Demos as mãos. Eu calada, você aflito. Eu de cá e você dançava. Na ânsia, corri e escorreguei no teu corpo. Você atento, me segurou forte. Me colocou de pé e segurando os meus braços, me puxou. E entre uma piscada e outra, seus olhos me olhavam. Ah! Me olhavam sim. Vagarinho você foi me puxando pra perto do seu peito e alí eu me recostei e fiquei Chapada pelo seu perfume, ausente, com os pés fora do chão. Já não era eu...fugi....escapei....como num clarão que se vê de raios, numa noite tempestuosa. Fugi, não tive controle.
E você não foi atrás de mim. Você ficou. Você e todas as suas lembranças que eu carregava comigo, ficaram.
Naquele instante em que estar ao seu lado, já não me era bastante.
Eu fui e você ficou. Ficou guardado na memória, como história, como retrato empoeirado na parede, que agora cedo, eu tirei e joguei fora.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Uma questão de Olhar


Contrariamente ao que as pessoas pensam, nossa vida, essa mesma vida, que eu, você e todos nós seres-humanos vivemos, é sempre uma repetição.
Dirá você, como assim, uma repetição? E eu lhe direi: a alegria e a tristeza-o feio e o belo- o criar e o destruir- o velho e o novo. Não são opostos, mas se completam.
Então, como a gente sabe quando algo é novo, assim, de verdade, ou se é velho? É o tempo ou são as pessoas? E aquele papo de reciclagem, é lorota então?
Sabe o que eu penso, que cada momento que vivemos é único. Sim, a vivência é única...os sentimentos é que já são conhecidos.
Aquela velha história do Eteno Retorno, que Nietzsche, nos traz, é verdadeira. Ou seja, pólos se alternam nas vivências, numa eterna repetição.
No dia-a-dia, essas questões se embaralham e a verdade mesmo é que, sempre nos deparamos com uma reflexão: Nossa, eu já vivi isso!
E não é aquela sensação de De ja vù, pelo contrário, sabemos exatamante o que sentimos e que na verdade, o que mudou foi pouco. As vezes o cenário é o mesmo, mas os protagonistas são outros....as vezes é a mesma história, mas um pouco adaptada.....enfim, no final sabemos exatamente aquilo que a platéia vai sentir: medo, emoção, alegria, intriga, raiva......

Ao mesmo tempo que somos protagonistas, somos expectadores também.
Aliás, tem muita gente que prefere só assitir, a ser protagonista da própria vida. É bom que haja essa rotatividade de funções e papéis. Acho que é assim que a gente aprende a se colocar no lugar do outro.
Certo então! Não. Porque as vezes nem tudo é tão claro quanto parece ser aqui....Na nossa vida, nem sempre conseguimos identificar o que estamos encenando, ou aquilo que aquela cena nos provoca naquele momento. E isso leva tempo. É, sim, algum tempo. Pra uns, tempo demais, outros quase nada. Mas esse tempo se faz necessário. Cada um é cada um, somos diferentes uns dos outros e temos visões diferentes, opiniões diferentes, gostos mais variados possíveis.

Mas uma coisa é certa. A gente pode dar uma cara nova pra aquilo que já não nos agrada. Pode tirar, colocar...mexer na textura, no fundo, ampliar. E isso é possível simplesmente, se a gente consegue ver de um outro ângulo e ter um outro olhar sobre nós mesmos, e aquilo que a gente vive. Outro ângulo serve também estar de ponta cabeça, porque muitas vezes só depois de ver tudo ao contrário ou então quando vemos tudo fora do lugar, pra gente encontrar alguma coisa, ou reconhecer, ou mudar.
É, isso é fato. Aquilo que eu vejo é proporcional a forma, a distância, as condições do tempo, a posição da terra, ao lugar que eu ocupo no espaço, nesse exato momento.
Newton descobriu a gravidade por acaso, sentado embaixo de uma macieira, quando uma maçã caiu na sua cabeça e deu-se a lei da gravidade.
Assim como a maçã que caiu na cabeça do nosso amigo, em nossas vidas, muitas maçãs caem sobre nós. Aliás, as vezes chovem maçãs e a gente continua embaixo da árvore, as vezes imóvel, sem nenhuma ânsia em saber de onde elas caem, se é do galho mais alto, ou se simplesmente estamos ali, sentados há tanto tempo, que nem percebemos que as maçãs caíram, porque amadureceram e nós. Nós continuamos alí, imóveis.Temos câimbras, dores terríveis, mas nem nos preocupamos em mudar de posição.

O que quero dizer, é que, nos acostumamos tanto com uma situação, ou então, simplesmente deixamos que decidam por nós e nada fazemos, por comodidade, por desinteresse, por cansaço.
E a gente busca tanto realizar um sonho, corre atrás de um trabalho tão desejado, faz tudo pela pessoa amada e espera , espera e acredita que ela vai reconhecer os seus esforços e de repente, nada acontece do jeito que a gente planejou. Decepção. Claro, quem nunca se decepcionou nessa vida-Que passe agora essa formulazinha mágica para mim!
Decepcionar-se é a vitamina que faz a gente crescer, amadurecer.
Thomas Edison antes de descobrir a lâmpada elétrica, fez inúmeros experimentos, há quem diga que mais de mil. Ou seja, ele fez tantas experiências e quase todas deram errada. Mas bastou uma experiência que desse certo, para ele reconhecer o quanto a sua persistência teve importância.
E é isso, as vezes a gente não precisa esperar que a maçã caia na nossa cabeça, mas se a gente puder obsevá-la, sem perder nossa meta de vista, a gente vai saber com exatidão, o período em que ela vai estar madura e pronta pra ser colhida.
Observar, observar, olhar e olhar e mudar de lugar e mudar de novo e de novo e quantas vezes forem necessárias, pra que a gente encontre um lugar ao sol ou a sombra, mas que, impreterivelmente, nos faça sentir muito bem.







quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Rapidinha





Eu, entrevistando a mim mesma:

Nome: Sarah

Idade: 25 anos e 8 meses

Profissão: Psicóloga

Trabalha a quanto tempo na área: 4 anos e meio.

Como foi que escolheu essa profissão: Sempre tive influências na família, mais precisamente por uma Tia, que também é psicóloga. Sempre gostei de estar com as pessoas, mas principalmente de ouví-las.

É casada: Solteira

Tem filhos: Sim, uma menina linda.

Qual o nome dela e idade: Ágatha, 3 anos e 5 meses.

Uma frase que a define: Faça sempre com Amor!

Uma palavra que não gosta: (não sei) quero dizer, prefiro um não, do que um talvez.

Gastronomia: Pratos quentes (massas) frios (culinária oriental)

Um lugar pra chamar de seu: o mundo

Uma viagem: A que ainda não fiz. Quero ver a neve de perto,ainda não tive a oportunidade.
Um som: de água caindo ou se movimentando, como o mar. As vezes, quando estou na praia, fico horas olhando o vai -e- vem das águas. Adoro brincar no mar.

Fé: oração, meditação- tem que acreditar.

Uma visão: A do meu futuro.

Sua cor preferida: Azul, todos os tons.

Política: Questionável.

Olimpíadas(Pequim): muito treino.

A vida é: Feita de trilhas sonoras e quando não se sabe dançar um tango, por exemplo, vale a pena tomar aulas, rs. Ninguém deve deixar a vida passar numa nota só.


(CONT)...



sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

E esse mundo? E as pessoas o que são?


Essa música para quem nao conhece, deve ouví-la...é muito fofa!
E dentre as coisas que eu gosto , você é uma delas...
Saiba que toda vez que ouço uma música, e que ela me agrada, lembro na hora em compartilhá-la contigo.
Beijos meus.





DE ONDE VEM A CALMA
(Marcelo Camelo)
Los Hermanos

De onde vem a calma daquele cara ?
Ele não sabe ser melhor, viu?
Como não entende de ser valente
ele não saber ser mais viril
Ele não sabe não, viu?
Às vezes dá como um frio
É o mundo que anda hostil
O mundo todo é hostil
De onde vem o jeito tão sem defeito
que esse rapaz consegue fingir?
Olha esse sorriso tão indeciso
Esta se exibindo pra solidão
Não vão embora daqui
Eu sou o que vocês são
Não solta da minha mão
Não solta da minha mão

Eu não vou mudar não
Eu vou ficar são
Mesmo se for só
não vou ceder
Deus vai dar aval sim,
o mal vai ter fim
e no final assim calado
eu sei que vou ser coroado rei de mim.




quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Terapia




As vezes a gente acaba vivendo umas situações ridículas que poderiam ser evitadas: como se nao bastasse os avisos, todas as tentativas, os soluços, as lagrimas, as queixas....
Por que sera que a gente as vezes faz tanta burrada? Mete taanto os pés pelas maos???
Acontece que de fato, eu abri os olhos e percebi que a única desorientada de tudo era eu. Que para que os problemas acabassem eu precisava me assumir, assumir as minhas atitudes, a minha infantilidade, os meus impulsos....ainda me sinto entorpecida..como se vc, Flor, tivesse aberto para mim, as cortinas do palco e agora eu pudesse realmente ver a peça sendo encenada.
Com todo o meu Amor, aquele que voce provou pela primeira vez ha um tempo atras, Com esse amor, eu cuidarei de curar essas feridas que lhe causei, mesmo inconsciente, já que ate entao eu nao conseguia entender o que estava acontecendo...eu cuidarei de Ti e de nos!
AMO MUITO VOCÊ PEQUENA!
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Fernanda Abreu -
Paisagem De Amor

Fernanda Abreu/ Marcelo Lobato/fausto Fawcett)
Beijos, abraços, beira-mar
suburbio distante ao luar
taxi, chuva no olhar
cada esquina, love again

Todos os lugares pra te namorar
cinema, romance de rua no bar
cheguei na cidade vou te encontrar
Pra sempre com voce eu vou ficar

Toda cidade
é paisagem
pro nosso amor
filme de amor
super-amor
Vou passeando
te procurando
quero voce
amo voce
sou de voce

Terraço vazio, perto do céu
na boca do caos o amor é mel
neblina na saia, estranho véu
cada esquina, love again

Detalhes de rua me fazem sonhar
lembrando nos dois me deixo levar
toda cidade, paisagem pra amar
Pra sempre com voce eu vou ficar

Feelings are feelings
and I love you baby, forever and ever
Num imenso outdoor
Adão e Eva
Cidade arrogante, amor rascante
Bonnie and Clyde a todo o instante
feelings are feelings and I need you
forever and ever

domingo, 13 de janeiro de 2008

Sobre o Blog






Este blog foi criado com o intuito de registrar pensamentos, divagações, de fazer surgir perguntas,
de brotar respostas...
Foi criado para falarmosFascinação e eu) e vocês(com seus comentários e sugestões), livremente de Amor, tristeza, sabedoria, impaciência, saudade, dúvidas, vida...tudo o que acharmos necessário, ou tudo o que sentirmos vontade de colocar aqui. Pode ser um desabafo, uma piada....mas algo que seja nosso, inteiramente nosso.
Isso também não quer dizer que vez ou outra, a gente não possa se utilizar de outras idéias, textos, poemas, figuras e coisas afins: sempre claro, com todos os créditos merecidos.
Sejam bem vindos!
FASCINAÇÃO
(
Marchetti e Ferraud)

Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar
Tonto de emoção
Com sofreguidão
Mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
És fascinação, amor
Os sonhos mais lindos sonhei
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar
Tonto de emoção
Com sofreguidão
Mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria, entontece
És fascinação, amor.
TE AMO