terça-feira, 30 de setembro de 2008

PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!!



Ai!

Que angústia! Quanta coisa trago em meu coração nesse momento...os sentimentos apertam o peito contra meu corpo e a sensação que eu tenho é que ele quer sair.....

Muitas coisas acontecem de um dia para o outro, mas de repente, COISAS demais assombram meus pensamentos.

Sabe quando tudo parece tão bom, tão perfeito e CATAPUM!

Você leva uma paulada na cabeça, e além do galo te dão o PAU de presente....ahhhhh fala sério!!!


PÁRA O MUNDO QUE EU QUERO DESCER!!!!

E eu recorro as palavras do meu Querido Amigo, Caio:



" Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada 'impulso vital'. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como 'estou contente outra vez' " (Caio Fernando Abreu)

PIMENTA




O que é na visão de um, não é na de outro. Já dizia o ditado:" Pimenta nos olhos dos outros é refresco."


É isso aí.


Nessas que me vou , nessas que me encaxotei bonito! Estou fazendo uma auto-avaliação do meu comportamento racional, homo sapiens, característica peculiar à esta espécie, sendo um primata bípede e colocando pragmaticamente em colunas, os meus comportamentos racionais éticos, morais e indefinidos.


Indefinidos, porque a gente faz cada idiotice. Por favor!! Esse "por favor" é pra mim. Sou eu me represando por mais uma idiotice que eu fiz. Nesse caso 2x idiotice.


Na verdade, a falta de algum tipo de atitude, também pode ser denominado nesse caso, como: idiotice, estupidez, falta de atenção, cabeça de vento, desmemoriado, ou pior: a ausência da atitude pode gerar outro adjetivo: a intolerância do outro.


CARACA! Tá ficando difícil. E deve piorar.


É, realmente as vezes eu sou meio desligada. Principalmente àquelas coisas que se referem ao meu tempo e ao meu modo de ver algumas situações.


De repente, eu esqueço que o outro tb tem suas preocupações e que de certa forma, se esse outro for "íntimo", ou mais, isso gera algo que eu chamo de: fúria.


O outro fica furioso com você, porque você pisou na bola de novo....de novo. Porque, sendo eu, assim desse jeito que é só meu, totalmente despretenciosa,sossegada, racional, desmemoriada, cabeça de vento....as coisas as vezes levam tempo até serem incorporadas por mim.


Ok! Acho que cheguei no ponto aonde eu queria chegar.


O Outro.


Como é estranho o ser humano, como é difícil relacionar-se com seres da mesma espécie. Pôxa! E como é!


De longe me parece tão efêmero...a vida é efêmera. Daí a minha idéia de que exatamente por isso é que deve-se aproveitá-la ao máximo. Entretanto, com algumas moderações....


Preocupar-se com o outro!


E voltando a minha frase introdutória deste post, lembrar sempre, que é preciso se colocar no lugar do outro e ponto!


O que para mim é refresco de maracujá, para o outro é nada agradável.


Sejamos mais prudentes, sejamos mais gentis e acolhedores para com o outro.


Porque hoje pra mim é refresco, mas amanhã, pode ser PIMENTA MALAGUETA!


E vamu que vamu!!


Boa semana!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

E o Mar me parece



As vezes um mar, é só um mar. Movimentado por várias correntes marinhas, as vezes um mar, é só um mar. Não é inspiração do poeta que da varanda, deitado na rede, com lápis e papel na mão, olha e busca na imensidão do mar, o caminho das palavras.

É verdade, as vezes o mar, é só um mar.

Morada de inúmeros seres vivos, guarda ainda a cama de quem há muito viveu por lá. É, porque nem tudo que se vê como Mar, foi sempre Mar. Pode ter sido uma floresta, um cerrado, um campo montanhoso talvez,e agora olhamos e lá está: é só Mar.

Curioso como as pessoas se refugiam nele e outras que procuram o caminho de volta. Há aqueles que sabiamente retiram do mar, o sustento de toda uma geração. E há aqueles que imprudentes, movidos por um sei lá o quê, por uma talvez, ambição...para fazer "valer" seu rico trabalho ao Mar, empobrecem o futuro da Nação.

As vezes um mar, é só um mar. Suave e sereno, bravio e arredio...convida e expulsa os banhistas num vai -e-vem frenético, cíclico, vital.

No ir e vir das ondas, traz do fundo do Mar, o invisível a quem caminha na areia. Da areia, leva pegadas, ao fundo do mar, pr´a aqueles que desconhecem nosso habitat.

As vezes o mar, é só um mar. De águas salinas , conectado a um oceano ou simpesmente um grande lago. Atrai casais, jovens, Senhores e criancinhas e junto com eles, os animais de estimação. Dirão, animais de estimação? Sim, eu vos direi...As crianças tem um cachorinho, um gatinho, um passarinho, um ramster e até peixinho, e quase sempre carregam seus bichinhos pra "brincarem" à beira mar.

Ainda acho que as vezes um mar, é só um mar e por isso, suas praias não deveriam ser divididas em lotes, pequenos quadrados - reservados - particulares. Mal sabem que pra uns o Mar é mais que um Mar, é mais que um simples conjunto de águas salinas, conectados a um oceano, ou até um lago: é a VIDA pra muitos. No entando, há de se convir que é discórdia e tristezas pra outros.

As vezes o mar é assim, inconstante, volúvel, inapropriado, temido, infinito...

Por ora, este Mar me parece, pueril, crescente, inigualável, inspirador, quente, e o que eu mais quero, é me banhar nos braços longos e macios de suas espumas.

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Não existe outra música nesse momento que fale a mim tão profundamente sobre o mar quanto esta canção.




segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Vida


E assim vamos ouvindo...
Descobrindo novos horizontes,
Encontrando novos caminhos, sonhando novos sonhos.
E a vida assim se faz,
Horizontes que surgem, caminhos que percorrem nossos pés.
Sonhos novos que flutuam em nossos pensamentos.
E tudo se faz novo.
Porque a cada passo, a cada encontro, diante de novos sonhos, somos outros e somos estranhos.
Como que em uma linha do tempo, a vida aparece como reticências...
Mas um dia finda.
Um dia, o sepulcro é inevitável.
Então, o que parece estar morto, fecunda agora o solo.
Momento esse, em que algo novo desabrocha...em outro alvorescer.
E o que me faz sentir, que o sepulcro nada mais é, que a fecundação de um novo ser.
E que todas as nossas buscas, findam ao ponto em que demos o primeiro passo!

domingo, 7 de setembro de 2008

Paisagem-Sonhar



Vai à tardinha. O pôr- do- sol, ainda doura uns picos montanhosos acima e a direita de meus olhos e no canto inferior , do outro lado, a noite avança mansamente. O sol se despede, banhando com uma intensa luz o meu rosto. Aquece de forma agradável o meu corpo. Sentada à beira do mar, com os pés na areia, saboreio este momento único. Nesta paisagem quase bucólica, eu sinto o vento soprar e as águas se desmancharem macias, quase sobre o peito dos meus pés. O sol se vai. E a penumbra da noite que ameaça ser fria, vai surgindo e cobrindo as minhas costas. A sombra que eu faço, aos poucos vai desaparecendo e a noite vai ganhando espaço.
O sol se foi. Deixando o corpo ainda quente, na certeza de que amanhã ele voltará. Único, astro regente, pai celeste reinará.
No escuro, a noite descortina-se. As estrelas surgem e bem longe, eu as vejo brilhar. Outra sombra eu vejo surgir. Mãe Lua que aqui estás e clareia meus intentos e promete ficar. Mãe Celeste, Dona do mar, cobre-me devagar. Realiza meu pedido, e eu já trago flores a Iemanjá.
A noite revela-se. O mar me envolve. Tiro a roupa e vou sonhar.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Lembrança




Naquele dia, tudo parecia tão diferente. Era a minha roupa, a janela, a paisagem...
Naquele dia, tudo me veio como um flash. Meu andar na multidão, meu sorriso a desejar, teus olhos a procurar, abrigo em algum colchão.
Nos encontramos. Meu sorriso cresceu, teus olhos alumiaram, minhas mãos pararam...sua mão cresceu. De um lado a grande vida, de outro uma estação. Eu quis voltar, já não podia, era tarde e eu já estava na contra-mão. Você olhou distraído, de um jeito louco, olhava olhava e lá no fim do meu horizonte, disse você: encontrei a direção!
Demos as mãos. Eu calada, você aflito. Eu de cá e você dançava. Na ânsia, corri e escorreguei no teu corpo. Você atento, me segurou forte. Me colocou de pé e segurando os meus braços, me puxou. E entre uma piscada e outra, seus olhos me olhavam. Ah! Me olhavam sim. Vagarinho você foi me puxando pra perto do seu peito e alí eu me recostei e fiquei Chapada pelo seu perfume, ausente, com os pés fora do chão. Já não era eu...fugi....escapei....como num clarão que se vê de raios, numa noite tempestuosa. Fugi, não tive controle.
E você não foi atrás de mim. Você ficou. Você e todas as suas lembranças que eu carregava comigo, ficaram.
Naquele instante em que estar ao seu lado, já não me era bastante.
Eu fui e você ficou. Ficou guardado na memória, como história, como retrato empoeirado na parede, que agora cedo, eu tirei e joguei fora.